Operação revela esquema de corrupção e facções criminosas dentro da PC de São Paulo
Uma força-tarefa composta pelo Ministério Público (MP) e pela Corregedoria da Polícia Civil realizou uma operação no Presídio da Polícia Civil, na Zona Norte de São Paulo, na terça-feira (4). A ação tinha como objetivo investigar o assassinato do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Vinicius Gritzbach, ocorrido em novembro de 2024 na Grande São Paulo.
Durante a operação, foram encontrados 23 celulares e outros objetos não permitidos dentro das celas dos policiais civis que foram denunciados por corrupção por Gritzbach. A descoberta levanta suspeitas sobre a participação dos agentes na execução do delator e escancara a existência de um esquema de corrupção e comunicação entre policiais e facções criminosas dentro da instituição.
Gritzbach, antes de ser morto, havia confessado à Justiça que lavava dinheiro para o PCC e denunciado o envolvimento de agentes de segurança com a facção. Os policiais em questão são Valdenir Paulo de Almeida, conhecido como Xixo, e Valmir Pinheiro, apelidado de Bolsonaro. Ambos já estavam presos por suspeita de tráfico de drogas, mas agora também são investigados por extorsão contra membros do PCC.
A operação que encontrou os celulares é um desdobramento da investigação sobre a morte de Gritzbach e busca esclarecer o envolvimento dos policiais no crime, além de desarticular a rede de comunicação entre policiais e criminosos. A presença dos celulares dentro do presídio levanta sérias questões sobre a segurança e a fiscalização do local, além de indicar a possível participação de outros agentes no esquema de corrupção.
A ação da força-tarefa é um passo importante no combate à corrupção dentro da Polícia Civil e na elucidação da morte de Vinicius Gritzbach. No entanto, o caso revela a complexidade do problema e a necessidade de uma investigação aprofundada para identificar e punir todos os envolvidos, além de implementar medidas para evitar que situações como essa se repitam.