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Prefeito de cidade em SC ameaça internar ‘involuntariamente’ quem levar bebê reborn a posto de saúde

Uma declaração polêmica feita pelo prefeito de Lages, Santa Catarina, gerou forte repercussão nas redes sociais e levantou debates sobre saúde mental, direitos individuais e o uso de serviços públicos. Durante um pronunciamento oficial, o gestor afirmou que pretende autorizar internações involuntárias de pessoas que levarem bebês reborn — bonecas hiper-realistas — para atendimento em postos de saúde do município.

A fala veio após relatos de servidores da saúde que atenderam uma mulher acreditando se tratar de uma emergência com um bebê de verdade, quando, na verdade, tratava-se de uma boneca reborn. O prefeito classificou o episódio como “caso grave de transtorno mental” e afirmou que, se isso voltar a acontecer, determinará a internação psiquiátrica involuntária da pessoa envolvida.

A declaração gerou fortes críticas de especialistas em saúde mental e do público em geral, que apontaram a fala como estigmatizante e autoritária. Para muitos, o uso dos bebês reborn pode estar relacionado a traumas, luto ou necessidades emocionais que devem ser tratados com empatia e acompanhamento profissional — e não com ameaça de internação forçada.

Juristas também levantaram a possibilidade de abuso de autoridade, já que internações involuntárias devem obedecer critérios médicos rigorosos e seguir os protocolos da Lei da Reforma Psiquiátrica (Lei 10.216/2001).

Até o momento, o prefeito não recuou da declaração. O caso segue gerando repercussão em todo o país e reacende o debate sobre políticas públicas de saúde mental, limites da gestão municipal e o respeito à dignidade humana.

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