O ex-presidente Jair Bolsonaro negou a acusação de tentativa de golpe de Estado, afirmando que solicitou a desmobilização das manifestações e colaborou com a transição de governo.
O ex-presidente Jair Bolsonaro negou, hoje, qualquer envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado, classificando as acusações como “graves e infundadas”. Ele afirmou que, durante seu mandato, solicitou a desmobilização de movimentos que pediam intervenção militar e colaborou com a transição para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Bolsonaro declarou: “Golpe tem povo, tem tropa, tem armas e tem liderança. Não descobriram, até agora, quem porventura seria esse líder”. Essas declarações ocorreram após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir, por unanimidade, torná-lo réu por tentativa de golpe, junto com sete aliados. A decisão foi tomada pela Primeira Turma da Corte, composta pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
Bolsonaro não compareceu ao STF nesta quarta-feira, alegando que “sabia o que ia acontecer” e sugerindo que há algo “pessoal” contra ele. Na terça-feira, ele esteve presente na reunião da Primeira Turma. O ex-presidente afirmou: “Ontem, eu fui ao Supremo. A decisão foi na última hora, vocês se surpreenderam. Hoje, resolvi não ir. Motivo: obviamente, eu sabia o que ia acontecer. Eu espero hoje botar um ponto final nisso aí. Parece que tem algo pessoal contra mim. A acusação é muito grave, e são infundadas. E não é da boca para fora”.