Fortaleza afunda Sport na Ilha em noite de (pouca) paz e muitos gols
Em uma noite de contraste na Ilha do Retiro, o Fortaleza saiu vitorioso sobre o Sport por 2 a 0, em partida válida pela segunda rodada da Copa do Nordeste. O resultado, porém, ficou marcado por um clima de apreensão fora de campo, com o recente histórico de violência entre torcidas ainda ecoando na memória dos presentes.
Dentro das quatro linhas, o jogo começou truncado, com ambas as equipes buscando espaços e estudando o adversário. O Sport, jogando em casa e com o apoio de 11 mil torcedores (graças a uma liminar que permitiu a presença do público após os incidentes do último sábado), mostrava mais ímpeto ofensivo, mas pecava na finalização. O Fortaleza, por sua vez, apostava nos contra-ataques e na velocidade de seus atacantes.
O primeiro tempo terminou sem gols, mas com a sensação de que o jogo poderia explodir a qualquer momento. E a explosão veio na etapa final. Moisés, aos 15 minutos, abriu o placar para o Fortaleza, aproveitando um rebote dentro da área. O gol desestabilizou o Sport, que se viu ainda mais pressionado pela necessidade de reverter o resultado.
O Fortaleza, aproveitando o momento de fragilidade do adversário, ampliou a vantagem com Breno Lopes, aos 30 minutos, em um belo chute de fora da área. O gol selou a vitória do Leão do Pici, que se manteve na liderança do Grupo B do Nordestão, com 6 pontos.
Apesar da vitória, o clima no estádio era de apreensão. A presença de torcida única, determinada pela justiça após os episódios de violência do último sábado, evidenciava a fragilidade do momento. A partida, que deveria ser uma festa do futebol, acabou sendo um reflexo da violência que assola o esporte brasileiro.
Fora de campo, a presença do ex-goleiro Magrão, ídolo do Sport, entre os convidados, foi um dos poucos momentos de descontração da noite. O jogador foi bastante aplaudido pela torcida, que reconheceu sua importância para o clube.
A vitória do Fortaleza, no entanto, não apagou a mancha da violência. O futebol, mais uma vez, foi refém de um problema que parece não ter solução. É preciso que as autoridades e a sociedade civil se unam para combater a violência nos estádios e garantir que o esporte volte a ser um momento de alegria e confraternização.